Somos a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos e atuamos há quase 90 anos para impulsionar o crescimento da indústria com foco na inovação tecnológica e na geração de negócios.
Atuamos nacionalmente, com 9 unidades e 1 escritório de relações governamentais. Reunindo mais de 8000 empresas, a indústria de máquinas e equipamentos emprega quase 400 mil pessoas diretamente, com salário médio 44% superior ao da indústria de transformação, fatura R$ 310 bilhões e exporta mais de US$ 12 bilhões em média ao ano (últimos três anos).
Nosso setor estratégico no desenvolvimento econômico, por ter papel chave na expansão do crescimento, já que é o principal responsável pelo aumento da produtividade de todas as atividades econômicas, incorporando avanços tecnológicos nos bens e serviços.
Está entre os setores da indústria de transformação com maior poder de encadeamento para trás. Para cada demanda adicional de uma unidade monetária de máquinas e equipamentos são gerados na economia outras 3,3 unidades de produção e são empregadas 28 pessoas considerando os efeitos diretos, indiretos e renda.
A retomada dos investimentos, puxados principalmente pela infraestrutura, precisam contar com um setor fabricante de bens de capital em condições de atender a demanda de forma competitiva, inclusive para, simultaneamente ajudar na reindustrialização e modernização do parque industrial brasileiro envelhecidos por anos e anos de baixos investimentos.
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uxados principalmente pela infraestrutura, precisam contar com um setor fabricante de bens de capital em condições de atender a demanda de forma competitiva, inclusive para, simultaneamente ajudar na reindustrialização e modernização do parque industrial brasileiro envelhecidos por anos e anos de baixos investimentos."
É importante passar ao novo governo que para tanto a indústria de bens de capital mecânicos necessita de condições isonômicas para competir, em pé de igualdade, com seus concorrentes internacionais, tanto nos mercados interno como externo. Isto pressupõe:
A construção de um arcabouço fiscal que conduza o país ao equilíbrio macroeconômico favorável aos investimentos produtivos. Um sistema tributário simples, baseado em imposto sobre valor agregado, incidindo sobre bens e serviços, sem regimes especiais e completamente desoneráveis na fronteira. Enquanto a reforma tributária não for implementada é necessário elevar a alíquota do Reintegra em valores adequados.
Diversos países organizaram suas agendas de crescimento baseados em ações visando estruturação das cadeias de suprimentos que foram impactadas pelas restrições impostas pela crise da Covid-19 e pela guerra na Ucrânia, causando desabastecimento e inflação mundo afora e também na estruturação de setores direcionados ao desenvolvimento econômico com menor emissão de CO2. Alemanha, França e Estados Unidos, entre outros países, traçaram planos robustos para esses fins.
O Brasil precisa seguir a mesma linha de atuação. É oportuno considerar a transição enérgica, o desenvolvimento de cadeias locais estratégicas de suprimentos e a eliminação dos gaps de ativos fixos e tecnológico no seu planejamento. É necessário ainda estabelecer condições de investimentos, eliminando as ineficiências sistêmicas que dificultam o planejamento e oneram a produção de bens e serviços no país.
Nosso objetivo é realizar tantas reuniões e estudos quantos forem necessários para apresentar as sugestões que consideramos viáveis para alcançar os objetivos descritos, promovendo mais geração de empregos, mais desenvolvimento social e um setor forte, capaz de impulsionar o País junto ao mercado internacional.
* Gino Paulucci Jr. – Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ