Nesse sentido, o setor de Máquinas e Equipamento é indiscutivelmente, um importante catalisador de novas tecnologias e inovações, fatores que contribuem para uma maior competitividade das empresas brasileiras e a geração de empregos e renda.
Essas e outras questões necessárias para o bom desenvolvimento do nosso setor foram compiladas em um estudo denominado RECONSTRUINDO A INDÚSTRIA, que foi feito com o principal objetivo de facilitar a compreensão dos próximos dirigentes do País das nossas necessidades e possíveis contribuições para o crescimento da indústria de máquinas e equipamentos e do Brasil como um todo.
Reduzir fortemente o “Custo Brasil”, além de manter os preços macroeconômicos favoráveis ao investimento produtivo, são condições necessárias para o país registrar crescimento sustentado a taxas iguais ou maiores ao da média mundial, ampliar a importância da indústria de transformação no PIB e sua inserção comércio internacional.
Para tanto será de fundamental importância avançar na discussão e aprovação de reformas estruturais, tais como REFORMA TRIBUTÁRIA, TRABALHISTA E ADMINISTRATIVA. É indispensável simplificar o atual sistema tributário, reduzindo os custos administrativos, desonerando os investimentos produtivos e as exportações, tornando automática a compensação ou devolução de créditos tributários, eliminando os impostos não recuperáveis embutidos nos bens e serviços, eliminando a tributação de insumos industriais, extinguindo regimes especiais e isenções de qualquer espécie, desonerando a folha de pagamento e aumentando o prazo de recolhimento de impostos e contribuições.
“Desenvolvimento só é possível com uma indústria forte, geradora de empregos de qualidade, de elevada capacitação técnica e que demanda serviços sofisticados, promovendo o necessário aumento da renda da população.”
Nossa proposta é criar um imposto de valor agregado incidindo sobre todos os bens e serviços, sem exceções, a exemplo do modelo sugerido na Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 110 de 2019. Precisamos ainda perseguir a construção de uma infraestrutura moderna, desenvolver uma indústria de transformação vigorosa, oferecendo linhas de financiamento atrativas, apoio a pesquisa e inovação e incentivo ao desenvolvimento de cadeias produtivas estratégicas, entre outros fatores.
É sabido que por força de décadas de baixos níveis de investimento provocados por políticas públicas equivocadas, a indústria brasileira vem perdendo importância na formação do produto nacional e, consequentemente, na geração de empregos estáveis e de qualidade. Pode-se dizer que é uma situação vexatória que coloca o Brasil como um case de economia que ingressou num processo de desindustrialização precoce, insustentável, numa nação cuja renda individual anual sequer havia atingido o patamar necessário para a absorção de serviços sofisticados.
A reversão dessa situação deve ser a prioridade absoluta em qualquer programa de governo para recolocar o país no caminho do desenvolvimento sustentável, na condição de nação que precisa, antes de mais nada, gerar emprego para seus 40 milhões de cidadãos econômica e socialmente vulneráveis.
E esse desenvolvimento só é possível com uma indústria forte, geradora de empregos de qualidade, de elevada capacitação técnica e que demanda serviços sofisticados, promovendo o necessário aumento da renda da população.
Dentro do nosso contexto, o que temos de mais importante neste momento é o diálogo e a união necessária para um trabalho conjunto de construirmos um ambiente de negócios e social favoráveis ao crescimento do Brasil. Essas devem ser as nossas prioridades.
Gino Paulucci Jr. – Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ